Chegamos ao momento decisivo de um dos melhores campeonatos paranaenses de futebol dos últimos anos, mesmo não significando que o Estadual, finalmente tornou-se um grande produto, ou expressão de qualidade e bom gerenciamento. Continuamos com uma visão minúscula do negócio futebol e uma Federação com postura amadora em nosso Estado. Fruto de um sistema eleitoral falho, engessado e direcionado há atender objetivos pessoais, promovendo inúmeras reeleições e até mesmo, como em episódio recente, passando o comando de Pai para filho. Misturar futebol profissional com o amador, sem nenhum desmerecimento ao amadorismo, mas lembrando que existem diferenças grandes entre uma Liga Suburbana de Curitiba e outra de um pequeno município e isso já seria suficiente para não aceitarmos a paridade entre os votos de filiados de uma e de outra. Imaginem a incoerência de não termos profissionais e gestão, compatíveis com a magnitude e investimentos de Clubes profissionais das principais divisões de futebol do País. Não preciso e não pretendo lançar alguma suspeita ou procurar uma agulha no palheiro, sobre corrupção ou algo semelhante. Tento sim, voltar a um tema que é fundamental para a evolução do esporte no Paraná. Amadores, cuidam do amadorismo e profissionais deveriam administrar o futebol profissional. Um Presidente eleito pelos Clubes filiados e participantes das Séries A, B, C e D da CBF, com um Vice-presidente, exclusivo para o amadorismo. Com verba determinada por percentual acordada previamente e condizente com as necessidades do amadorismo. Verba que pode e deve vir do futebol profissional, garantindo a continuidade e evolução de nosso futebol amador, amadorismo que movimenta milhares de pessoas, reúne, mobiliza, diverte e apaixona. Mas voltemos as disputas do paranaense 2024 e as surpresas que nos reservou. Maringá e Operário despontaram com ótimo futebol e excelentes nomes no comando técnico. Jorge Castilho, que se não me engano, começou no Guarujá e que chegou em 2020, tendo passado em 2022 pelo Ipatinga e retornado para montar e comandar a belíssima equipe do Maringá, está consolidado e é um dos nomes que, desde o ano passado, ganhou peso e está no radar de muita gente. Espero que com organização e calendário, consigam mantê-lo por muito mais tempo no Dogão. No Operário Ferroviário, outro nome de destaque, Rafael Guanaes. Começou em São José dos Campos, no Joseense e passou por alguns clubes do interior, campeão da Segunda Divisão Paulista em 2015 pelo São Carlos e da Copa Paulista em 2018 pelo Votuporanguense. Após este título foi contratado pelo Athletico, passou pelo profissional, assumiu o Sub 23, de lá seguiu por Sampaio Correia, Tombense, Cruzeiro, Novorizontino, até chegar ano passado ao Fantasma. Esses dois técnicos mostraram muita competência e elevaram o sarrafo no Paranaense. Londrina, após corrigir a rota, também mostrou qualidades e o Azuriz está com excelente trabalho na formação. Com estrutura e alguns talentos que já rendem frutos ao Clube. Tudo isso somado, entregou um campeonato melhor, mais interessante e que pode ser a porta de entrada para mais investimentos e mais respeito ao nosso futebol. Sábado na Arena, com casa cheia e certamente, grande audiência nas transmissões de rádio e TV. Furacão e Dogão, fecharão a “Champinhões League 2024”. Que Deus ilumine a todos, atletas, comissões, diretorias, arbitragem e torcedores de ambos, por um dia especial de nosso esporte. Com muita disputa e sem nenhuma confusão.
O texto acima expressa a visão de quem o escreveu, não necessariamente a de nosso portal.
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