A Polícia Civil do Paraná (PCPR) encerrou o inquérito sobre o incêndio de grandes proporções que devastou o Teatro Universitário TUCA, localizado no bloco azul da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), em abril. O relatório final aponta que o fogo foi provocado por uma falha técnica no sistema elétrico do edifício, descartando qualquer hipótese de ação criminosa.
Sobrecarga elétrica foi o gatilho da tragédia
Segundo o delegado Osmar Dechiche, responsável pela investigação, a causa inicial considerada era a emissão de materiais inflamáveis pelo sistema de refrigeração. No entanto, os laudos periciais foram conclusivos: o incêndio teve origem exclusivamente elétrica.
“Constatou-se que houve uma sobrecarga de energia na condução da fiação, que não suportou a transmissão”, afirmou Dechiche.
A estrutura elétrica do teatro não estava preparada para suportar o consumo elevado de energia das máquinas de refrigeração. O superaquecimento da rede provocou a combustão, agravada por fios inadequados e pela falha do disjuntor, que chegou a derreter.
Material inflamável acelerou propagação das chamas
A rápida disseminação do fogo foi intensificada pela presença de materiais inflamáveis na estrutura do teatro, o que dificultou qualquer tentativa de contenção. O TUCA, espaço cultural tradicional da PUCPR, foi completamente destruído, gerando comoção entre estudantes, professores e artistas que frequentavam o local.
Sem culpados, processo deve ser arquivado
Diante da ausência de indícios de negligência ou dolo, a PCPR decidiu não responsabilizar pessoas físicas ou jurídicas pelo ocorrido. O processo foi encaminhado à Justiça, mas tudo indica que será arquivado.
Legado em cinzas, reconstrução em pauta
O incêndio do TUCA representa uma perda simbólica para a comunidade acadêmica e cultural de Curitiba. A PUCPR ainda não se pronunciou oficialmente sobre planos de reconstrução, mas a expectativa é que o espaço seja revitalizado, preservando sua importância histórica e artística.
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