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Quinta-feira, 16 de Janeiro de 2025
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Alguns dias sem futebol por respeito aos gaúchos.

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Júlio Castro
Por Júlio Castro
Alguns dias sem futebol por respeito aos gaúchos.
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“É o pau, é a pedra, é o fim do caminho  É um resto de toco, é um pouco sozinho  É um caco de vidro, é a vida, é o sol  É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol  É peroba no campo, é o nó da madeira  Caingá candeia, é o Matinta-Pereira...”  

 

Assim começa a canção de Tom Jobim, que termina com a frase: “ É a promessa de vida no teu coração. “    

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Esse ano as águas vieram avassaladoras em maio, atingindo todo o Estado do Rio Grande do Sul, maltratando os gaúchos e despertando nos brasileiros de todos os rincões o verdadeiro sentimento de amor, respeito e solidariedade pelo País, pelos nossos conterrâneos e acima de tudo a certeza de que podemos novamente reunirmos por objetivos maiores, comuns a todos que desejam um futuro melhor. Sem olhar cor de camisa, cor de pele, ideologia, religião ou estado de origem de nossos irmãos. A mobilização nacional para arrecadar, organizar, transportar e levar água, alimentos, remédios e roupas a todos os municípios do RS., com ações voluntárias de pessoas, grupos e instituições, são um resgate da humanidade dos brasileiros, essência de um povo lutador e de muita fé. Ao mesmo tempo que lamentamos o ocorrido e tentamos diminuir neste momento, por pouco que seja possível, o sofrimento e as carências do povo gaúcho. Também temos que prestar atenção e louvar a união de todos por algo tão importante e agarrar a oportunidade de sermos uma nação comprometida com o bem-estar, a saúde e a educação de todos os brasileiros, de norte a sul. A realidade da tragédia no Sul, impacta bruscamente o futebol e uma parada agora é a alternativa que resta, não existindo uma proposta que atenda interesses esportivos e econômicos, que respeitem o sofrimento e promovam ajuda muita maior aos gaúchos. Não podemos aceitar que o calendário lotado é mais importante, que os jogos irão se acumular, que a Conmebol não vai parar seus torneios, que a indústria do futebol gera muita riqueza ou qualquer outro argumento que não coloque em primeiro lugar o flagelo no RS. Parem o Brasileirão e a Copa do Brasil, organizem torneios ou jogos amistosos, com arrecadação revertida para a reconstrução de pontes, estradas, escolas e hospitais. Usem as datas FIFA, a Copa América, enfim, virem-se. Não temos como assistir jogos, comemorar gols, fingindo que tudo está bem e a situação é normal. A CBF, pode fazer deste limão sua limonada. Este tempo bem usado é mais do que suficiente para qualificar a arbitragem, pensar e planejar seriamente a Seleção, olhar o futebol brasileiro como um todo, saindo da armadilha mesquinha que aprisionou a entidade no egoísmo Rio - São Paulo, com suas excessivas benesses. Que seu Presidente aproveite a chance de ser muito maior do que realmente é, mirando a ajuda e o apoio aos gaúchos, enxergue e atenda todos os brasileiros.  

 

Dedico esta Coluna ao amigo Neucides Pinheiro Lemes, que nominado assim poucos conheceram, mas quando falamos, Ventania, vem logo aquele sorriso querido, o grito de guerra, “Que lindo! Que lindo!” e uma saudade enorme. Jogou muita bola, foi campeão da resenha e plantou sementes que muitos colherão os frutos. Faça barulho no Céu, pesque sentado nas bordas das nuvens, jogue sua bola e descanse em Deus, Venta. 

 

Júlio Castro 

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