Formado por equipes semiamadoras, outras que visam apenas a negociação de atletas e outros três ou quatro Clubes que entram na disputa por obrigação ou para preparar seus elencos para disputas mais interessantes, nosso Pinhão League arrasta-se mais lento que caminhão carregado subindo a serra. Nada de novidades, nada que desperte o interesse dos torcedores, nada que indique um caminho para dias melhores. Campos horrorosos, calendário curto, apertado e incapaz de motivar algum dirigente a semear boas coisas. Esta inércia da Federação, somada a tolerância de todos que orbitam o mundo da bola no Estado e ainda o incompreensível Colégio Eleitoral, que mantem o poder nas mãos de amadores e impede uma revolução administrativa e perspectivas melhores para o esporte, são fatores que fazem o futebol paranaense viver de lampejos cada dia mais raros ou apenas dos feitos de um Clube; que apesar dos monstruosos erros de 2024, ainda é um caso exemplar no futebol brasileiro e sul-americano. Mas é pouco para um estado tão rico, Estado que poderia manter Copas e Torneios bem interessantes durante todo o ano, movimentando e criando condições da manutenção de equipes competitivas e relevantes em todas as divisões. Sim, o futebol do Paraná é também um recorte da zorra que impera no futebol nacional e que permite um desconhecido, sem qualificações e sem a envergadura necessária, comandar a CBF. Outra instituição com métodos eleitorais e administrativos, estranhos e incompreensíveis para a maioria de nós. Eleições que privilegiam homens encastelados em suas Federações aos Clubes que fazem a coisa acontecer. Assim, com tudo isso que listei e que todos estão cansados de saber, vamos chegando a fase final de um campeonato que mexia com grandes massas, movimentava cidades inteiras, criava expectativas e formava ídolos e hoje é um pálido e imperfeito retrato dos seus tempos de glória. Que o futebol e sua magia, ofereçam algo especial que faça o Paranaense 2025 não ter um final medíocre e previsível como nos últimos anos. Pelo que assistimos até agora será muito difícil. Nenhum expoente, nenhum atleta com destaque, nenhuma equipe que encante. Sequer um golaço para usar na chamada da final. A única coisa que lembra as disputas regionais do passado são as péssimas e em alguns momentos suspeitas, arbitragens. Por favor, alguém salve nosso futebol.
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