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Quinta-feira, 27 de Marco de 2025
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CCJ da Câmara aprova versão final de texto que limita julgamentos do STF

O texto prevê que a corte não poderá fazer nenhum julgamento do tipo se o tema já tiver tramitado em qualquer nível do Congresso Nacional pelo prazo de cinco anos

Clécio Silva
Por Clécio Silva
CCJ da Câmara aprova versão final de texto que limita julgamentos do STF
Reprodução - Câmara dos Deputados
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A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (29) a redação final um projeto de lei que dificulta o julgamento de ADOs (ações diretas de inconstitucionalidade por omissão) no STF (Supremo Tribunal Federal). O texto prevê que a corte não poderá fazer nenhum julgamento do tipo se o tema já tiver tramitado em qualquer nível do Congresso Nacional pelo prazo de cinco anos.

O projeto já tinha sido aprovado na CCJ em agosto e passou por um último ajuste feito pelo relator, Gilson Marques (Novo-SC). Como a proposta é terminativa, ela vai direto para o Senado sem a necessidade de votação no plenário da Câmara. A deputada Chris Tonietto (PL-RJ) é a autora da matéria.

As ADOs podem ser propostas ao STF quando houver omissão de algum dos Três Poderes. Pelo texto aprovado, se um tema é debatido no Congresso nos últimos cinco anos, o Supremo fica impedido de apreciar ação que alegue omissão do Legislativo sobre o assunto.

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“Ao criminalizar condutas através de ADO, o STF assumiu papel legislativo, criando um novo tipo penal sem a devida deliberação pelo Congresso Nacional. Essa prática, se intensificada, pode fragilizar o sistema de freios e contrapesos e comprometer a democracia”, afirmou Marques. “A criminalização por omissão gera insegurança jurídica”, acrescentou o relator do projeto.

Essa proposta faz parte do “pacote anti-STF” promovido pela presidente da CCJ, Caroline de Toni (PL-SC). No começo de outubro, o colegiado aprovou duas PECs (propostas de emenda à Constituição) e dois projetos de lei contra a corte.

Essas medidas limitam as decisões monocráticas (tomadas individualmente) de ministros, dão a possibilidade de o Congresso sustar decisões do STF e aumentam o rol de possibilidades de impeachment dos juízes.

FONTE/CRÉDITOS: Redação - Câmara dos Deputados
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Clécio Silva

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Clécio Silva

Clécio Silva, Brasileiro, casado, cristão. Residente em Maringá há 31 anos, também reside na cidade Marialva Pr., onde é proprietário do JORNAL DE MARIALVA, está na área de comunicação há 28 anos.

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