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Quinta-feira, 02 de Outubro de 2025

Justiça

Padre é indiciado por crimes sexuais contra dez vítimas em Cascavel; caso envolve menor de 12 anos e pode gerar até 150 anos de prisão

Veja aqui oImpacto, Detalhes e Repercussões sobre o caso

Clécio Silva
Por Clécio Silva
Padre é indiciado por crimes sexuais contra dez vítimas em Cascavel; caso envolve menor de 12 anos e pode gerar até 150 anos de prisão
Reprodução redes sociais
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A Polícia Civil indiciou o padre Genivaldo de Oliveira, de Cascavel (PR), por estupro de vulnerável, tráfico de drogas e outros crimes contra dez vítimas. Investigações apontam abusos entre 2009 e 2025. Caso também é apurado pela Arquidiocese e pelo Vaticano.

Um escândalo de grandes proporções abalou a cidade de Cascavel, no oeste do Paraná. O padre Genivaldo de Oliveira foi indiciado pela Polícia Civil por uma série de crimes sexuais e outros delitos contra dez vítimas identificadas, incluindo uma criança de apenas 12 anos na época dos fatos. O caso, que envolve acusações graves como estupro de vulnerável, tráfico de drogas e violação de dever religioso, ganhou repercussão regional e nacional, levantando debates sobre abuso de poder, fé e justiça.

Quem é o padre investigado

Genivaldo de Oliveira exercia funções religiosas há anos em Cascavel, onde era figura conhecida pela comunidade católica. A investigação revelou, no entanto, um lado obscuro de sua atuação.

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Como começou a investigação

As denúncias chegaram ao Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria), que iniciou as apurações e confirmou a existência de décadas de abusos, muitos deles acobertados pelo peso da posição religiosa do acusado.

Crimes Identificados

Estupro de vulnerável

Um dos crimes mais graves apontados no inquérito foi o de estupro de vulnerável, envolvendo uma criança de apenas 12 anos.

Tráfico de drogas

O padre também teria oferecido substâncias ilícitas para facilitar os abusos, caracterizando tráfico de drogas.

Curandeirismo e atuação como terapeuta

Ele se passava por terapeuta sem formação, utilizando essa falsa autoridade para ganhar a confiança de fiéis e vítimas.

Assédio e importunação sexual

Vários relatos confirmaram episódios de assédio e importunação, reforçando o padrão de comportamento abusivo.

Violação sexual mediante fraude

Houve ainda casos em que as vítimas foram enganadas ou manipuladas, acreditando em tratamentos espirituais que resultavam em abusos.

Perfil das Vítimas

Criança de 12 anos envolvida

A vítima mais jovem tinha apenas 12 anos na época dos fatos, configurando um dos episódios mais revoltantes da investigação.

Jovens e adultos afetados

Além da criança, outras nove vítimas, entre jovens e adultos, também relataram situações semelhantes, demonstrando que o padre atuava em diferentes frentes de manipulação.

Linha do Tempo dos Crimes

De 2009 a 2025: quase duas décadas de abusos

Os crimes começaram ainda em 2009 e se estenderam por quase 16 anos, revelando uma longa trajetória criminosa.

O caso mais recente, há dois meses

Mesmo já sob suspeita, o religioso continuava atuando até ser preso em agosto de 2025.

Métodos Utilizados pelo Padre

Uso da função religiosa

O acusado se aproveitava do papel de líder espiritual para conquistar confiança e aproximar-se das vítimas.

Oferta de drogas como aliciamento

As drogas eram utilizadas como instrumento de controle e manipulação.

Abordagem psicológica sem formação

Ele se apresentava como uma espécie de terapeuta, enganando fiéis que buscavam apoio emocional e espiritual.

Agravantes Reconhecidas

Violação do dever religioso

A condição de sacerdote agravou ainda mais os crimes, visto que ele usava a fé como escudo para seus atos.

Quebra da confiança comunitária

A comunidade religiosa de Cascavel vive um momento de choque e descrença, diante das acusações.

Atuação da Polícia Civil e do Nucria

Declarações da delegada Thaís Zanatta

A delegada afirmou: “Foram identificadas dez vítimas, dentre elas, a menor na época contava com apenas 12 anos”.

Encaminhamento ao Judiciário

O inquérito foi concluído e segue agora para análise do Ministério Público e do Poder Judiciário.

Possíveis Penas e Consequências Jurídicas

Penas que podem ultrapassar 150 anos

A soma das penas aplicáveis pode chegar a mais de 150 anos de prisão.

Etapas do processo judicial

O processo segue em tramitação, e a decisão judicial deve definir o futuro do religioso.

Posição da Defesa

Alegações e estratégias

A defesa do padre afirma que pretende apresentar provas para contestar o indiciamento.

Expectativas em relação ao MP

Os advogados aguardam manifestação do Ministério Público para definir os próximos passos.

A Reação da Arquidiocese

Processo canônico em andamento

A Arquidiocese de Cascavel confirmou que também conduz um processo canônico contra o padre.

Papel do Vaticano na decisão final

O caso será encaminhado ao Dicastério para a Doutrina da Fé, no Vaticano, instância máxima em julgamentos eclesiásticos.

Impacto na Comunidade de Cascavel

Repercussão entre fiéis

A população local se mostra dividida entre indignação e perplexidade, muitos ainda tentando compreender a gravidade dos fatos.

Abalo na credibilidade da Igreja

Mais um episódio que levanta críticas sobre como a Igreja lida com denúncias de abusos no Brasil.

Questões Sociais e Psicológicas

Trauma das vítimas

As vítimas sofrem impactos psicológicos profundos, necessitando de apoio especializado.

Necessidade de apoio e políticas de proteção

O caso reforça a importância de políticas públicas de combate à violência sexual e maior fiscalização sobre líderes religiosos.

Casos Semelhantes no Brasil

Escândalos envolvendo líderes religiosos

Não é a primeira vez que líderes religiosos no Brasil enfrentam acusações semelhantes, expondo uma falha sistêmica.

Comparação com casos internacionais

Casos semelhantes já foram amplamente noticiados em países como EUA, Chile e Irlanda.

Conclusão

O indiciamento do padre Genivaldo de Oliveira em Cascavel expõe não apenas crimes gravíssimos, mas também um alerta sobre os perigos do abuso de poder em ambientes religiosos. A fé, que deveria ser espaço de acolhimento, foi usada como ferramenta de manipulação. Agora, resta à Justiça e à Igreja responderem de forma firme e transparente, garantindo reparação às vítimas e prevenindo novos casos.

FONTE/CRÉDITOS: Portal Paraná Urgente
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Clécio Silva

Publicado por:

Clécio Silva

Clécio Silva, Brasileiro, casado, cristão. Residente em Maringá há 34 anos. Apresentador, comunicador, empresário e jornalista com registro profissional nº 0011449/PR. Está na área de comunicação há 36 anos, sendo 29 como profissional.

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