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Terça-feira, 18 de Marco de 2025
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TSE desiste de mandar observadores à Venezuela

A dias da votação, Maduro vem se isolando cada vez mais. O ex-presidente da Argentina Alberto Fernández, que também havia sido convidado pela CNE para atuar como observador

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TSE desiste de mandar observadores à Venezuela
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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu não enviar observadores para acompanhar as eleições do próximo domingo na Venezuela. A medida é uma reação às declarações do presidente Nicolás Maduro, candidato à reeleição, que afirmou que as eleições brasileiras não passavam por qualquer tipo de auditoria. A alegação é falsa, já que, como foi demonstrado ao longo da última eleição presidencial no Brasil, o sistema é auditável em todas as suas etapas. “Em face de falsas declarações contra as urnas eletrônicas brasileiras, que, ao contrário do que afirmado por autoridades venezuelanas, são auditáveis e seguras, o Tribunal Superior Eleitoral não enviará técnicos para atender convite feito pela Comissão Nacional Eleitoral [CNE] daquele país para acompanhar o pleito do próximo domingo”, disse em nota o TSE. (g1)

Num outro movimento similar ao do ex-presidente Jair Bolsonaro, semelhança que irritou o Planalto, o governo venezuelano convocou embaixadores latino-americanos para uma reunião e apresentou pesquisas que mostram ampla vantagem de Maduro na eleição de domingo, além de pedir que os representantes diplomáticos evitem “surfar na onda do já ganhou da oposição liderada por María Corina Machado”. (Globo)

O sistema eleitoral venezuelano, exaltado por Maduro em seu discurso, é bastante seguro do ponto de vista técnico — o que não impediu que houvesse manipulações em pleitos passados. Entenda como ele funciona. (Folha)

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“Se Edmundo [González] ganharentregamos e seremos oposição. Pronto. Meu pai não nasceu sendo presidente”, disse Nicolás Maduro Guerra, filho de Maduro, em entrevista, acrescentando que o governo não tem qualquer pesquisa que indique uma derrota — ao contrário, seus números apontam para uma vitória por até 10 pontos percentuais. Há outras pesquisas que mostram González com 50% das intenções de voto. (El País e BBC Brasil)

O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, também descartou a ideia de um “banho de sangue” em caso de derrota do presidente, afirmando que as Forças Armadas respeitarão o resultado do pleito. “Vamos esperar a decisão do povo transmitida através da CNE e pronto. Quem ganhou, que comece seu projeto de governo, e quem perdeu que vá embora descansar. Isso é tudo”, garantiu. (CNN Brasil)

A dias da votação, Maduro vem se isolando cada vez mais. O ex-presidente da Argentina Alberto Fernández, que também havia sido convidado pela CNE para atuar como observador, disse em sua conta no X ter recebido um recado do governo pedindo que ele não viajasse ao país. O motivo seria o incômodo com o endosso de Fernández às declarações do presidente Lula, que se declarou “assustado” com a retórica agressiva do venezuelano. Em resposta a Lula, afirmou que quem se assustou deveria “tomar chá de camomila”. Apesar do mal-estar, o assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim, embarca amanhã para Caracas a fim de acompanhar o pleito. Membros da diplomacia brasileira avaliam que Lula acertou em dar, no ano passado, um voto de confiança ao venezuelano, a fim de normalizar o diálogo e firmar que isso só se daria por meio de um processo eleitoral limpo. (Meio)

FONTE/CRÉDITOS: Redação - - Meio
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