A Polícia Civil do estado do Paraná (PCPR) está investigando um caso de uma idosa que sofreu queimaduras graves após passar por um procedimento estético conhecido como peeling de fenol. Uma pessoa que se apresenta como biomédica é investigada, mas que, de acordo com a polícia, ainda não concluiu a graduação. O caso é semelhante ao que causou a morte do empresário Henrique Chagas, de 33 anos, no dia 3 de junho, em São Paulo.
Nesse novo caso ocorrido em Curitiba, a Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Saúde investiga uma esteticista que aplicou o tratamento em uma idosa de 64 anos. De acordo com as primeiras apurações, a investigada realizou o peeling de fenol na vítima no dia 25 de maio. Após 11 dias do procedimento, a idosa sentiu dores intensas no rosto e procurou um hospital.
Idosa teve queimaduras de segundo e terceiro graus após aplicação de fenol
Segundo a delegada Aline Manzatto, a vítima sofreu queimaduras de segundo e terceiro grau e passou por uma intervenção cirúrgica para tratar a derme facial. Além disso, ela terá que realizar outra cirurgia para realizar um enxerto de pele nas pálpebras.
“Os familiares da vítima informaram que essa esteticista inicialmente teria se identificado como profissional formada em biomedicina. Entretanto apurou-se que essa esteticista ainda está cursando a faculdade de biomedicina. Portanto, ela tem apenas cursos de esteticista. No entanto, ela afirma que fez um curso com uma dentista em São Paulo, com duração de três dias, e teria pago R$ 15 mil neste curso. Ela diz ainda que a dentista que deu o curso informou que o procedimento poderia ser realizado por qualquer profissional de estética”, relata a delegada.
Ela explica que somente profissionais com formação superior na área de saúde pode realizar o peeling de fenol. Além disso, procedimentos invasivos como esse só podem ser feitos em centros cirúrgicos, que dispõem do suporte necessário para controlar eventuais complicações.
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