Sem desconsiderar as vozes contrárias, respeitando tanto as posições, quanto opiniões de milhares de athleticanos e athleticanas, que veem na contratação de Cuca, um desserviço à luta por direitos, igualdade e respeito das mulheres no futebol. Luta essa que ganha força e conquista espaços a passos largos. Manifesto-me favorável a contratação do profissional Alexi Stival e sua equipe. Cuca, afirmou em entrevista, sua primeira como Técnico do Furacão, que resultados inconclusivos de DNA e o fato de, por três vezes, não ser reconhecido pela vítima como seu algoz, o levaram e seus advogados a pedirem novo julgamento. Ahh, mas agora o processo caducou!
Não importa, fico com a palavra de um homem que, após aquele episódio, teve uma belíssima carreira como jogador e em seguida engrenou como técnico, com conquistas e belos trabalhos por onde passou. Fico com a palavra do Cuca, sobrinho do Jorge Túlio (de saudosa memória), fico com a palavra do irmão do Avla, fico agarrado na confiança de que lá atrás, a vida pregou-lhe uma daquelas brutais peças, mas seu esforço próprio e sua fé o mantiveram de pé.
Como profissional, Cuca trará ao Athletico a experiência e o conhecimento que o levou as conquistas e garantiu respeito e projeção no instável mundo da bola. Somado a seus predicados profissionais, tem a paixão rubro negra no peito e, certamente, o inconformismo sufocante de torcedor, pois como todos que estavam ansiosos pelo grande ano do centenário, comemorando as chegadas de Godoy, Gamarra, Benitez e Mastriani. Viu Osório maltratar a prancheta, diminuir seus jogadores e irritar a todos, torcedores, atletas, diretoria e imprensa, com suas esquisitices, teimosias e incongruências.
Acredito na soma de bom elenco, estabilidade financeira, ambição e bom comando, para fazer deste ano, o melhor dos últimos cem anos do Furacão. Com polêmicas, com os eternos insatisfeitos, com os maravilhosamente chatos cornetas, escaladores de fim de semana, estrategistas do churrasco, com a parcela que não canta ou que canta pouco, com os supersticiosos, com as famílias rubro negras e com todos os Fanáticos, torcendo e vibrando muito e fazendo ferver o Caldeirão.
Convido a todos paranaenses a acompanharem, neste ano especial, esta epopeia esportiva nas cores vermelho e preto. Sintam a força dos quatro ventos que formam este poderoso Furacão e fiquem à vontade para fazerem parte desta festa e se orgulharem, como por aqui a maioria já se orgulha, desta crescente potência, já conhecida como Clube Athletico dos Paranaenses.
Júlio Castro
Esta Coluna é dedicada ao amigo, ex atleta do Furacão e do Iguaçu de União da Vitória, Renato Cavalheiro, nosso Renatinho, que precocemente foi convocada para bater uma bola e distribuir seus melhores sorrisos, ao som de Sinatra, lá pras bandas do Céu.
O autor escreve neste espaço com total liberdade e sem nada que o conduza a determinada posição a não ser sua própria vontade. Colunista de jornais impressos e online, comentarista de rádio, atleta, coordenador e assessor político, empresário ´, Pai e Avô, orgulhoso e babão.
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