Um Furacão passou por Montevidéu, ventou forte por duas vezes seguidas em Curitiba, reunindo ainda mais forças fez um estrago enorme no Rio de Janeiro. Ninguém ficou desabrigado, ninguém morreu, nem mesmo um famoso bravateiro do Sul do País perdeu seu emprego. Balançou, baixou a guarda e pediu o boné com carinha de coitado, deixando alguns com dó e assim garantiu mais alguns meses de polpudos rendimentos. Mas comentaristas, torcedores e alguns costumeiros secadores sentiram tudo tremer, viram seu mundinho girar e tudo ficar de pernas pro ar. Acostumem-se, já que não quiseram enxergar o óbvio, não seremos nós que abriremos seus olhos míopes. O Athletico é realidade a muito tempo e não precisa de apelidos extras, como Time Grande, é o Furacão, representante do Paraná, Estado pujante, líder em diversos segmentos e berço de homens e mulheres vitoriosos. Competitivo, chegando sempre as fases decisivas independente dos adversários que cruzam seu caminho e usando como poucos o orçamento que possui, orçamento que engorda ano a ano e é alimentado pelas vitórias e pelas infinitas boas fornadas do Caju. Será este Clube que enfrentará quatro partidas dificílimas, duas decisões de Copa contra um time feito na base do saco sem fundo, sem tirar nenhum mérito do Galo, apenas é a constatação dos fatos. Ou alguém pode citar alguma prata da casa titular absoluto e fundamental na equipe mineira? E outra final contra um investimento externo, um time com nome de energético, feito para garimpar atletas para a Matriz. O que também não diminui em nada os méritos do Bragantino e apenas reafirma as durezas que estão vindo por aí. São jogos para todos os paranaenses assistirem e torcerem, sentirem orgulho e para convocarem parentes, amigos e vizinhos para fazerem o mesmo. Não será apenas um Clube de futebol de Curitiba que entrará em campo para estas decisões, é um modelo de gestão, um grande “case”, como dizem os publicitários, 100% paranaense e que cada dia mais valoriza nossa terra e agrega simpatizantes e torcedores por todo o nosso Paraná. Este é o Club Athletico dos Paranaenses que lutará para escrever novas páginas de sucesso em sua já linda história. Até lá conviveremos com a bipolaridade no Campeonato Brasileiro e com a enorme ansiedade que só aumenta dia a dia.
Júlio Castro
Dedico esta Coluna a minha filha Beatriz, por exigir de seu Pai, ações, gestos e palavras de um grande homem, que não sou, mas por ela e por toda minha família ficarei sempre grato de ter forças e vontade de buscar.
Júlio Castro foi atleta e atuou pela Seleção Paranaense de Handebol Infanto Juvenil, Sociedade Thalia, Sociedade União Juventus, Colégio Barddal e CMC. Corredor meio fundo da Equipe do Colégio Militar de Curitiba, goleiro da Equipe Juvenil do CMC. Instrutor de Musculação nas Organizações Hércules-Apolo por dez anos, com Curso de Instrutor da Federação Paulista de Fisiculturismo em parceria com a UFPR e com a Federação Paranaense de Fisiculturismo. Comentarista Esportivo na Rádio Nacional, Colunista do Jornal da Paixão, E-Athletico, Jornal do Litoral, atualmente escreve no Jornal Paraná Urgente. Um talento do futebol que foi preterido injustamente por não tratar bem a bola.
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