Quem falar em favorito não conhece futebol e não acompanhou os últimos anos do futebol brasileiro. Quem acompanha o mundo da bola sabe que o Athetico de hoje é franco atirador e o time do Rio, com um investimento estratosférico, mesmo que discutível em alguns casos e já desgastado pelo tempo de uso de suas mais importantes engrenagens, é favoritíssimo nesta noite. E é aí que a coisa começa a ficar divertida e interessante, já que o Seo Autuori tanto teimou que conseguiu impor a filosofia do saber sofrer no grupo athleticano e isso provoca um jogo de permanente espera e observação das ações do adversário. Diferente do jogar por uma bola ou esperar o erro o Furacão adquire confiança marcando e trocando passes e alcança os gols e as vitórias nos momentos que, naturalmente, a outra equipe baixa o ritmo. Claro que após Vitinho viajar para conhecer a Europa e com a instabilidade de Kayser, as coisas demoraram para acontecer, causando estragos e incertezas, mas Terans, Nikão e Abner, com assistências e confiança estão recolocando a casa em ordem e permitindo o torcedor sonhar. O Flamengo vem pesado, ótimo time e alguns acima da média. Ver Everton, Bruno, Gabriel e Andreas é, para quem gosta de futebol, muito bom. Já não digo o mesmo de Isla, Léo Pereira e de Rodrigo Caio, este com suas entradas desnecessárias de sola ou cotovelo na nuca. Mas para quem quer títulos e grandes emoções, que sentiu o sabor das conquistas e quer repetir, sabe que a briga é feia e ao topo só se chega com muita luta. Flamengo e Athletico hoje, para saber quem enfrenta o Fortaleza na final. Brincadeira, quatro no lombo ficou difícil de tirar, mas bem que os cearenses poderiam espetar os mineiros hoje, só para mostrar que é possível preparar uma canja de Galo na final. Basta ter um Caldeirão fervendo.
Júlio Castro
Foi comentarista na Rádio Nacional, colunista de jornais e sites esportivos de alcance estadual e nacional. Atleta, integrou a Seleção Paranaense Juvenil de Handebol, as equipes de Handebol, Atletismo e Futebol do Colégio Militar de Curitiba e de Handebol do Colégio Barddal. E as equipes de Handebol da Sociedade Thalia e União Juventus. Tentou sem muito empenho a carreira de jogador de futebol profissional. Não faltaram oportunidades, mas faltou um melhor relacionamento com a bola. Fazeoque!!??
A Coluna de hoje é dedicada a minha filha Beatriz. Herdeira da beleza da Tia, da inteligência do Avô, do bom coração da Avó e da teimosia deste Pai que a ama muito. Beatriz me ensina a ser paciente, cuidar das palavras e acreditar que de uma boa semente virá um bom fruto. Para isto basta plantar, regar e aguardar o tempo certo.
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