A devastação causada pelas chamas no Pantanal e no Cerrado alcançou patamares alarmantes. É a maior quantidade de focos de incêndio em um primeiro semestre desde 1988, quando o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) iniciou o monitoramento de queimadas no país. Entre 1º de janeiro e o último domingo, 3.262 focos foram identificados no Pantanal, número 22 vezes maior que o registrado em igual período do ano passado. No Cerrado, foram 12.097 desde o começo do ano, alta de 32% em relação a 2023. Das áreas atingidas, 53% ficam na região de Matopiba — principal fronteira agrícola do Brasil, que engloba Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Na Amazônia, a situação também não é boa. Após dois anos seguidos de redução, o Inpe detectou 12.696 focos de queimadas desde janeiro, alta de 76% em um ano. (UOL)
O governo do Mato Grosso do Sul decretou situação de emergência ontem. O decreto vale por 180 dias e pode agilizar a resposta das autoridades, sob coordenação da Defesa Civil, além de dispensar licitações nos trabalhos, obras e aquisições de equipamentos. A medida também permite que brigadistas e bombeiros entrem em casas para prestar socorro e determinem evacuações de propriedades particulares atingidas pelas chamas. Até o último domingo, 480 mil hectares do bioma foram queimados no estado, além de outros 148 mil em Mato Grosso, segundo dados da UFRJ. (g1)
Ministros do governo Lula se reuniram ontem no Palácio do Planalto, na chamada sala de situação, para planejar ações. O governo estuda ampliar os recursos previstos para combater os incêndios. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, prometeu que “não faltarão recursos do governo federal, é claro que com responsabilidade e analisando caso a caso”. Marina Silva, do Meio Ambiente, afirmou que esta é “uma das piores situações já vistas”. Segundo a ministra, “não tem incêndio por raio, o que está acontecendo é incêndio por ação humana”. Na próxima reunião, esta semana, os ministérios do Planejamento, Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional “apresentarão os custos necessários para tomarem a primeira deliberação na Junta de Execução Orçamentária”, disse Tebet. (Veja o Globo)
Enquanto isso… ao menos 80 cidades voltaram a apresentar algum tipo de transtorno pelas chuvas que atingem o Rio Grande do Sul há dez dias. Em Porto Alegre, três comportas do sistema de proteção tiveram que ser fechadas por prevenção. O nível do Guaíba chegou a 3,39 metros, acima da cota de alerta, de 3,15 metros. A Defesa Civil da capital emitiu alerta preventivo válido até amanhã pelos riscos de novos incidentes. Apesar de serem menos intensos do que as chuvas de maio, os temporais continuam causando prejuízos no estado. Até o momento, 178 pessoas morreram na tragédia e 34 continuam desaparecidas. Ainda há 10.485 pessoas vivendo em abrigos. (Folha)
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