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Sabado, 19 de Abril de 2025
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As Pragas nos Gramados 

Peter Pan o menino que não queria crescer

Júlio Castro
Por Júlio Castro
As Pragas nos Gramados 
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A poucos dias atrás, alguns lambe botas do Peter Pan do futebol, repercutiram sua postagem sobre os gramados sintéticos e no mesmo instante, uma parte da imprensa especializada, alguns especializados em generalidades e bem rasos em futebol, surfaram na onda e ativaram o modo dedo em riste para mostrar seus conhecimentos avançados em relação aos efeitos nefastos do piso artificial. Citaram inclusive o poderoso futebol holandês, detentor de zero títulos mundiais, mas com a honra de um dia ter formado uma Seleção incrível que mudou a forma de muitos enxergarem o jogo e que ganhou o apelido de Carrossel, infelizmente aquele time não levantou a Copa. Anos depois a Holanda foi vice-campeã, naquela Copa Mandrake disputada numa Argentina de Generais e hoje o País continua produzindo diversos talentos, mas seu campeonato, o Eredivisie, que em toda sua história teve apenas três equipes dividindo os títulos, com exceção de duas temporadas que outras duas equipes venceram. O Eredivisie que não desperta interesse do resto do mundo, tanto que todos nós continuamos a ignorar o fato de ser Campeonato Nederlandês e não somente holandês, foi citado por não permitir piso artificial. A FIFA, que perto dos especialistas brasileiros e holandeses de plantão, não deve entender nada de futebol e apenas organiza, promove, pensa e regulamenta o esporte no mundo todo, certificou mais uma vez os gramados sintéticos e reafirmou que os estudos realizados não apontaram nada que desabone sua utilização. Depois de serem confrontados com os números de lesões ocorridas em ambos os gramados, naturais e artificiais e diante dos fatos que demonstram não ocorrerem mais contusões no sintético e perguntados sobre os horrorosos gramados da maioria absoluta dos campos de futebol no Brasil, alguns dos atletas que embarcaram na canoa furada do Cai Cai Pan, responderam, para variar de forma muito semelhante, que o correto seriam campos de grama natural e perfeitos. Surpreende-me que esses rapazes conseguem amarrar as próprias chuteiras sem chamar o empresário. São burros e incapazes de formular as próprias respostas ou apenas fazem-se de bobos em troca de algo?  Aqui no estado do Paraná, aguardamos ansiosos o sorteio da próxima fase da Copa do Brasil, para saber quem vai saborear o gramado infestado de pragas do Estádio regional Willie Davids em Maringá. Local onde a própria equipe anfitriã sofre com as imperfeições do piso.  Lucas do São Paulo é um dos entendidos que será questionado caso seu time tenha que enfrentar o campo do norte do estado. Nenhum desses atletas levanta um tema mais espinhoso, se não for junto com a patota, nenhum deles nos responde o porquê de aceitarem convocações de atletas lesionados ou praticamente aposentados como foi com Daniel Alves na última Copa. Nenhum deles toma a frente e sugere paralisar os campeonatos em resposta a violência das torcidas. Precisamos melhorar o futebol brasileiro, cuidando da matéria prima, os jovens atletas, que são muito mais importantes que qualquer gramado, um choque na formação destes jovens, com mais instrução, orientação e esmero na formação de pessoas bem melhores. 

Deixo para escrever na próxima Coluna sobre o Coritiba, suas pragas e potenciais, sua história que todos conhecem e quem é da bola respeita.  

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