De acordo com informações de Iassodara Ribeiro - advogada de Cirlene Vieira e Vanessa da Costa, mães dos jovens - a reunião foi produtiva e a defesa agora se prepara para "reunir provas para atestar a inocência" do adolescente de 16 anos e do empresário Wender da Costa, de 20.

As mães dos dois jovens mortos pela PM (Polícia Militar) em um suposto confronto armado no último sábado (15), em Londrina, estiveram na tarde desta terça-feira (18) na sede do Ministério Público para uma reunião com o delegado do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) no município, Ricardo Jorge Pereira Filho.
"Foi uma reunião muito produtiva. Inclusive, ele o delegado nos apoiou bastante. Estamos reunindo todas as provas, que serão encaminhadas dentro do processo. Todas vão ser analisadas. Acreditamos na justiça, acreditamos que o julgamento vai ser imparcial para mostrar a verdade. A gente só quer a verdade", disse Ribeiro, em coletiva de imprensa no saguão do órgão.
A advogada das famílias ressaltou que não pode dar mais detalhes sobre a reunião, que segundo ela é sigilosa, mas falou pelas mães, que estavam sem voz após participarem de dois dias de protestos.
"A tese da defesa é de que não houve confronto, e a gente vai provar no decorrer do processo. As mães estão arrasadas. Elas não têm forças nem para falar, estão sem voz. Mas estão fortes, firmes e confiando que a justiça será feita", garantiu.
Vieira e Costa não compareceram sozinhas à sede do Ministério Público. A reportagem apurou que um ônibus foi fretado para levar amigos e vizinhos da Bratac ao local. Cerca de 100 pessoas estiveram presentes e ocuparam todo o espaço.
Gabriela Vieira da Silva, irmã do adolescente morto no suposto confronto de sábado, também destacou que os protestos violentos com atentados a ônibus não são de autoria de pessoas ligadas às famílias.
"A gente não tem ligação com esses protestos que tacaram bomba, tacaram pedra. A gente, da Bratac, fez um protesto pacífico. Ficamos com os cartazes e soltamos alguns rojões sim, porque a gente quer justiça. Tanto o meu irmão como o Wender foram mortos injustamente."
FONTE/CRÉDITOS: Redação Paraná Urgente / Bonde
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